segunda-feira, 19 de julho de 2010

Todo apoio à luta por moradia

Trabalhador precisa de casa, não de repressão

240 famílias organizadas pelo Movimento Organizado dos Trabalhadores Urbanos (MOTU) foram obrigadas a deixar a rua em frente ao hotel abandonado na av. Mário Jorge, bairro Atalaia, que ocupavam há 45 dias. Dentre os desabrigados, dezenas de crianças, pessoas doentes e com deficiência física. A presença do Governo do Estado era marcante no momento do despejo, que aconteceu no último domingo (17/07).

Mas não estava lá para oferecer uma solução para aquelas pessoas, estava representado pelo Batalhão de Choque. Um efetivo policial que ocupava dois micro-ônibus, além de diversos carros da PM, acompanhou atenciosamente cada movimentação das famílias. Essas empilhavam os seus poucos pertences nos 17 caminhões que a Prefeitura foi obrigada por ordem judicial a ceder.

A cara do governo Déda

Chovia bastante no momento da desocupação. Para facilitar a ação dos adultos que desarmavam as suas barracas improvisadas, as crianças foram agrupadas e postas sob responsabilidade de ativistas. Para aliviar a tensão da situação, os militantes organizavam brincadeiras debaixo de uma lona. Eis que surge no meio dessa lona um policial do Batalhão de Choque, mas ele trazia algo a mais que o seu armamento usual: pacotes de balas. Distribuiu os doces para as crianças e dizia a todo momento “o Choque é amigo”, enquanto os seus colegas estavam de prontidão com bombas, escudos e cassetetes.

Essa imagem é uma perfeita ilustração do que é o governo Déda. Assim como acontecia nos governos do DEM e do PSDB, Déda segue massacrando professores, servidores e sem-teto quando esses reivindicam direitos. Durante o seu mandato, quase todas as greves foram consideradas ilegais. Da mesma maneira que fazia a velha direita, o governo do PT persegue os lutadores e não hesita em usar o a repressão nas mobilizações.

Apesar disso, Marcelo Déda aparecerá em seus programas milionários de TV abraçando trabalhadores e segurando crianças. Os mesmos trabalhadores e crianças que são agredidos, como se fossem bandidos, todos os dias pela polícia quando ousam se indignar e não aceitar as condições subumanas às quais são obrigadas a viver.

O PSTU vem manifestar o seu apoio aos lutadores e lutadoras e reafirma o seu compromisso de colocar a disposição o seu pequeno tempo de TV e Rádio. A nossa campanha é uma tribuna a serviço das lutas dos trabalhadores sergipanos e da luta por moradia.

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